Castelo Compartilhado

07/02/2025 - associação livre

Hoje me aconteceu algo fascinante: um colega de minha sala de trabalho e eu tivemos uma conversa magnífica. Foi incrível, para mim, porque eu me senti muito eu. Eu expressei coisas que uma parte de mim ficou feliz em expressar, libertei pensamentos que antes estavam aprisionados em meu mundo, que pertenciam somente à mim, e tal libertação não podia se dar ao luxo de ocorrer quando quisesse, nem sempre teria espaço para ela, como houve dessa forma: em uma conversa, onde o outro realmente estava interessado em ouvir minhas considerações e não julgar ou querer estar certo. Tive a impressão de que estávamos na mesma sintonia, no mesmo canal. Estávamos juntos nesse barco, de descobertas e reflexões, juntos no percurso de questionamentos éticos, filosóficos, psicanalíticos e mais. Estávamos juntos em busca de respostas. Acho que deu pra entender a situação. E eu gostei desse sentimento de unidade, de nossos objetivos parecerem estar de mãos dadas, mesmo que caminhando sem saber o destino final, estávamos juntos nessa trilha, nesse processo de percorrer o caminho, cada um com sua bagagem e perspectivas, agregando um à experiência do outro. Eu quis escrever sobre isso, porque eu achei formidável refletir em conjunto com o outro, algo como “castelar” coletivamente. Digo isso porque não tive muitas experiências desse tipo na minha vida, mas me pareceu algo fantástico. Eu suspeito que isso talvez se deva ao fato de que eu particularmente gosto muito de refletir, “castelar”, então foi legal encontrar uma outra pessoa que não somente faça e goste disso individualmente, mas que também seja capaz de fazer isso em grupo. Portanto, fica aqui a minha gratidão e felicidade expressa. Fica também a minha esperança de que tal evento possa ocorrer novamente, e se possível também com outras pessoas. Tenho certeza de que seriam acontecimentos também esplêndidos.